A suspensão dianteira das CRFs vem com um projeto para serem muito macias , que resultam em final de curso toda hora em trilhas mais pesadas .
A preparação é um procedimento relativamente fácil , que dá pra fazer em casa com poucas ferramentas e poucas coisas a serem desmontadas, e de fácil remontagem .
Lista de Materiais
Em primeiro lugar aqui vai a lista de materiais:
– Óleo sintético especial para suspensão (use de preferêmcia o MOTUL 10W ) – 1 litro ( vai 380 ml em cada bengala )
– Furadeira elétrica
– Broca de metal com 8 mm de diâmetro
– conjunto de válvulas , emuladores e molas ( é opcional o troca das molas , pois depende do tipo de utilização ) – use de preferência o kit ANKER para CRF 230 .
– Seringa descartável com um tubinho de plástico ( aqueles de aquário ).
1. Desmontagem
Retire as rodas , a pinça de freio , e os parafusos de fixação do mangote de freio .
Retire as bengalas , mas vai uma dica : afrouxe sem retirar totalmente os parafusos de fixação da mesa superior e afrouxe a tampa da bengala até aparecer o oring e só depois acabe de desmontar as bengalas . IMPORTANTE : NÃO RETIRE AS TAMPAS AINDA .
Na parte inferior das bengalas , há um parafuso tipo halem , que precisa ser retirado de 5 ou 6mm .
Vai sair nesta ordem: a tampa da bengala, a mola, drene o óleo original e a flauta de controle de passagem do óleo que sai com uma pequena mola que deve ser observada sua posição para ser remontada da mesma forma.
2. Alargamento dos furos da flauta
O trabalho a ser executado agora é o alargamento dos furos da flauta: passá-los para oito mm de diâmetro. São quatro furos (dois em cada flauta). Após isso, é importante lavar as flautas com gasolina ou querosene ou benzina para retirar as limalhas e também possíveis arestas deixadas pela broca. Secar bem as flautas.
3. Remontar as flautas
Deve-se remontar as flautas nas bengalas, não se esquecendo das pequenas molas. Elas entram na parte mais fina das flautas e as mesmas entram com o orifício de fixação do parafuso halem para baixo. Deve-se usar a mola principal para empurrar a flauta para baixo para facilitar a colocação do parafuso inferior.
4. Inserindo o óleo
Retira-se novamente as molas principais e colocam-se os emuladores com o parafuso maior virado para cima.
Encha as bengalas com óleo até a tampa com as suspensões totalmente fechadas e sem as molas. Faça repetidamente o movimento de abertura e fechamento das suspensões várias vezes de forma bem suave a fim de retirar todo o ar (bolhas) do óleo.
Com a seringa descartável e o tubo de aquário acoplado na seringa, corte o tubinho de maneira que vc obtenha uma medida de 11 cm da base da seringa (onde entraria a agulha) até na ponta do tubo. Com essa importante ferramenta criada por vc, agora vc vai retirar o óleo das duas bengalas de maneira a ficar com medidas rigorosamente iguais.
5. Remontagem
Recoloque as molas e perceba que elas vão ficar um pouco mais pra fora (por causa do tamanho dos emuladores). Use as válvulas de pré carga da mola ANKER . Para isso , retire os orings ( um em cada tampa ) originais e repasse-os para as novas válvulas . Coloque as válvulas no lugar das tampas originais, e aperte com delicadeza pois não requer muito aperto .
Agora é só remontar tudo ,bengalas no lugar , mangote de freio fixado , pinça de freio devidamente apertada e rodas no lugar . Não se esqueçam de conferir o aperto de todos os parafusos após a montagem final, inclusive das tampas de molas e do parafuso inferior (em baixo da bengala).
6. Etapa final
A melhor parte é agora: o teste das suspensões, ou seja, trilhas e diversão.
Dicas de Diego Cachorrão 21/07/11
Sabemos que é um dos esportes radicais mais emocionantes que se pode praticar. A trilha, o Cross em diversas modalidades. O que deixa este esporte agradável e confiável é justamente a boa preparação do piloto e da máquina. As dicas de pilotagem, você encontra aqui no site, na página de Dicas de Pilotagem. Quanto à sua máquina amada, falaremos aqui sobre os principais pontos de revisão antes de pegar a estrada rumo à aventura. O problema é que ao não revisarmos ítens importantes antes da trilha ou treino estamos colocando o lazer ou a diciplina (em caso de treinos) em risco. Pois uma moto sem
revisão pode causar dores de cabeça na hora mais crucial. Então para que você não fique na mão, o site Filhos da Trilha preparou esta pequena lista de ítens básicos que você mesmo pode revisar na sua garagem. Só depois você pode pegar seu rumo tranquilo e confiante. Vamos nessa:
REVISÃO
– Lavagem Completa (desmonte as carenagens e retire o
banco)
– Limpeza do Filtro de Ar e da Caixa
– Verificar pastilhas e lonas de freio
– Desgaste e Calibragem dos Pneus
– Verificar a Bateria da Moto
– Verificar lâmpadas de Farol e Lanterna
– Verificar desgaste de coroa, pinhão e corrente
– Esticar a Corrente
– Verificar ou trocar a vela
– Reapertar raios das rodas
– Eliminar gases da suspensão dianteira (depende do sitema)
– Inspecionar o quadro da moto a procura de trincas
REAPERTAR
– Coroa e pinhão
– Discos de freio
– Pedal de cambio
– Pedal de partida
– Guidão
– Banco
– Plásticos
LUBRIFICAÇÃO
– Corrente
– Verificar Nível do Óleo do motor
– Verificar e lubrificar cabos de embreagem e acelerador
– Lubrificar link da suspensão traseira
Assim está bem melhor, você fará um passeio bem mais seguro. Siga esta dica antes de todas as trilhas. São tão importantes quanto uma boa pilotagem. A sua moto agradece quando você a trata com carinho.
Dicas de Diego Cachorrão
Todos sabemos que as motos nacionais são muito utilizadas no meio Off Road, seja para uma trilha de final de semana, seja em competições. Sabemos também que, bem preparadas, elas se saem muito bem, afinal, a “peçinha” que vai atrás do guidão faz muita diferença. Exemplo disso é o famoso piloto Sandro Hoffmann, que com uma Tornado foi Pentacampeão Brasileiro de Enduro, competindo contra motos “especiais” famosas do mundo inteiro.
Daremos aqui algumas dicas de preparação partindo de uma moto original de rua.
XR 200 / NX 200… entre outras de rua
Chega a impressionar o rendimento dessa moto nas trilhas e Enduros. Nunca deve ser subestimada pela sua potência, pois, além de ser uma potência suficiente para encarar qualquer desafio, possui uma ótima suspensão e um excelente conjunto. Essa combinação, aliada a um baixo peso, faz essa moto surpreender. Mas, é claro, precisa de uma preparação mínima. Aí vão algumas dicas.
Relação de Transmissão:
Substitua a original por uma com Coroa de 48 dentes e um Pinhão de 12 dentes. Com essa relação mais curta, sua moto perde um pouco de velocidade final, mas ganha muito mais força, ficando mais adequada ao uso off road. Além disso, coloque uma corrente com Retentor, pois ela impede que a lama e areia entre nos roletes desgastando-a mais rápido.
Ponteira:
A Ponteira Original, além de muito pesada, possui muito material interno para abafar o ruído. Esse excesso de material segura muito a saída dos gases, “amarrando” dessa forma o motor, deixando-o mais “preso”. Instale uma Ponteira do tipo esportiva.
Além de deixar a sua moto mais leve, oferece algum ganho de potência, deixa com um ruído mais forte e a moto fica mais “esperta” nas respostas.
Acelerador Rápido
: o uso do acelerador rápido para moto de trilha deixa as respostas mais rápidas pois possui apenas 1/4 de volta.
Pneus:
Substitua os pneus originais por um Pneu Tipo Biscoito desenvolvido especialmente para prática Off Road.
Essa alteração é fundamental para quem quer se iniciar no esporte, pois a tração em qualquer terreno (principalmente em subidas e lama) fica muito melhor, assim como a aderência em curvas e as frenagens que serão mais seguras.
Aros:
Dê um visual diferente com aros para moto coloridos ou mesmo pretos e ganhe com a leveza do alumínio.
-Retire os retrovisores e as setas. Além de aliviar o peso, eles podem se quebrar com facilidade nas trilhas.
– Retire também (se for possível) Bagageiro, Lanterna traseira, Buzina, Painel, Pedaleira do garupa e Capa de corrente.
– Suspensão Dianteira: Substitua o Óleo original das Bengalas por Óleo de motor de Carro (tipo 20W40), que é mais viscoso (grosso) que o original, tornando a suspensão mais rígida e assim mais adequada ao off road. Caso for piloto Pró, busque uma oficina de preparação especializada.
– Suspensão Traseira: Se a mesma tiver regulagem, coloque-a no máximo, ou seja, com a mola o mais comprimida possível. Isso a endurece mais, ficando mais adequada. Evite o uso de “Alongadores”, pois eles não aumentam o curso da suspensão (apenas deixam a moto mais alta) e deixa a suspensão mais sujeita a quebras. Caso for piloto Pró, busque uma oficina de preparação especializada.
CRF 230
Atual “Vedete” do Mercado Off Road nacional, a CRF 230 tem se destacado muito devido ao seu bom desempenho em Trilhas e Provas. Dona de um corpo magro e de um baixo peso, a moto possui uma boa potência, suficiente para superar qualquer obstáculo. As suspensões são firmes, como manda o Off Road. Apesar de já estar “papando várias” nas competições e de já vir “pronta p/ brincar” de fábrica, ainda é possível melhorá-la um pouquinho, veja:
Ponteira:
A Ponteira Original é de Aço. Você pode substituí-la por uma de Alumínio como a V Pro da pro Tork. que já vem com curva, ou a DEVIL que vem com a Curva Works da ProTork emelhoram as respostas e o desempenho de sua CRF além de deixá-la com um visual arrasador.
Protetor de Mão:
Acessório de proteção muito importante, pois nas trilhas ou competições as mãos ficam muito expostas a impactos contra árvores ou mesmo por objetos lançados por outras motos como pedras. Além disso, ajudam a proteger os manetes em caso de queda. Você pode instalar um Protetor de Mão Fechado comum, e o mais resistente é o prot. mão fechado com alma de alumínio, pois possui uma barra de alumínio em seu interior.
Guidão:
Retire o original de Aço e instale um de Alumínio. Além de deixar sua moto mais leve, ele também é mais resistente, e muito mais bonito. Existem guidões de alumínio 22 mm (que possuem barrinha central para instalar equipamentos de navegação e enduro) e guidões 28,5mm chamados de FAT BAR e são mais resistentes que os comuns.
Number Plate ou Carenagem:
Você pode dar um visual diferente e exclusivo instalando uma carenagem mais moderna, bonita e mais atual ou ainda, se não for utilizar o farol, colocar um Number Plate, que tem custo mais acessível e deixa a moto mais leve.
Paralamas:
Além de dar um visual bem mais moderno e bonito, conserva os plásticos originais de sua moto, permitindo que você monte de volta para vendê-la.
Conheça os estilos mais convencionais e a febre dos modelos Super Motard, como são universais servem para todas as motos.
Para CRF 230 as fábricas lançaram kits de plásticos especiais com intuito de mudar a cor tradicional vermelha por outras: Já pensou sua CRF toda preta, branca, verde, laranja KTM…
Coloque também uma Lanterna de LED na traseira, pois oferece mais segurança e deixa a sua moto com um visual incrível pois o LED acende em carreira.
Manoplas:
Você pode colocar Manoplas específicas para Off Road, Pretas ou Coloridas. Além de dar mais pega, facilitando a pilotagem, dá um novo visual a sua moto, principalmente se for da mesma cor do Protetor de Mão.
CDI:
Substitua o CDI original por um apropriado, o CDI Servitec sem Limitador de Rotação. O CDI original limita os giros em alta rotação, impedindo que você utilize toda a faixa do motor. Com o CDI Servitec o limite fica livre para você aproveitar melhor toda a faixa de potência.
Gráfico e Adesivagem:
Dê um novo visual a sua CRF, ela merece:
Existem gráficos com designs exclusivos que acompanham inclusive capas de banco, deixam um visual arrasador e a moto com cara de nova.
ATENÇÃO:
O protetor de motor original é de plástico, adquira um de alumínio por aproximadamente R$ 80,00 e evite estragos no carter.
Troque a cor de sua CRF e seja único nas trilhas veja este
kit de plásticos coloridos para CRF 230 e saia da mesmice.
Veja como fica a CRF colorida.
Caixa do Filtro de Ar:
Se você colocar uma Ponteira esportiva, isso aumentará a vazão de saída dos gases do motor. Para compensar, você precisa aumentar a vazão do ar de entrada. Para isso, faça alguns furos na caixa do Filtro de Ar. Mas atenção: procure fazer os furos na parte superior da Caixa, no mesmo nível ou acima do furo original, para que ao passar pela água a mesma não entre dentro da caixa. Escolha também um lugar “escondido” para dificultar a entrada de muita poeira.
Protetor de Quadro:
O prot. de quadro impede que a Bota danifique a pintura do quadro de sua moto, além de dar a ela um visual incrivelmente diferente, com design agressivo.
Cinta desatoladora:
A cinta desatoladora é instalada na frente da moto e na parte traseira e usada nas horas de sufoco, para puxar ou desatolar a moto. Quando você atolar vai lembrar muito dela…
Pneus e travas:
A trava para Pneu impede que o pneu “escorregue” sobre o aro, o que causaria o furo da Câmara de Ar. Mesmo com a pressão dos pneus baixas (o que é comum no fora de estrada), a trava dificulta que a Câmara seja furada.
Com estes cuidados e preparos, sua moto está pronta para entrar na trilha.